Lamentavelmente, essa é uma questão onde existe muita desinformação, confusão e má fé por parte de algumas pessoas.
É preciso deixar claro – O uso médico da Cannabis e seus derivados NÃO POSSUI QUALQUER RELAÇÃO COM O USO RECREATIVO. São objetivos diferentes, métodos de uso diferentes, e inclusive o tipo (cepa) de planta usados são diferentes.
Pacientes que fazem uso de Cannabis medicinal não ficam “chapados”. Sintomas de sonolência e tontura nos pacientes em uso de medicações com THC são raros e muito menos intensos do que os sentidos por pessoas que fumam a planta com objetivo recreativo, e são encarados como efeitos adversos indesejáveis pelo médico. Quando ocorrem, tomamos medidas para que esses sintomas sejam resolvidos.
Alguns reacionários e políticos eventualmente discutem sobre a possibilidade de indivíduos usarem a medicação como um meio de se entorpecerem burlando o sistema legal. Essa preocupação é, no mínimo, absurda. Como relatei acima as variedades de plantas usadas para os dois objetivos são diferentes, uma variedade de Cannabis para produção de medicações pode ter 70x menos THC do que uma outra variedade usada para fins recreativos. O custo financeiro e a quantidade de princípio ativo necessária para se ter um efeito entorpecente similar ao da erva recreativa fumada, torna absolutamente inviável qualquer possibilidade de formulações medicinais para fins recreativos.