Existem diversas condições em que o tratamento com fitocanabinóides mostraram resultados positivos para os pacientes.
É preciso primeiro explicar como a ciência trabalha – Ao contrário do que parece na TV, jornais e revistas, a ciência não trabalha na base do “funciona” ou “não funciona”. A ciência trabalha com o que chamamos de “nível de evidência”, que basicamente quer dizer o quanto confiamos em uma afirmação baseado no número e qualidade das pesquisas sobre o assunto. O nível de evidência NÃO diz se um tratamento funciona ou não, ele diz O QUANTO SABEMOS (ou não) sobre a utilidade do tratamento. Um tratamento pode ter um baixo nível evidência científica porque muitos pesquisadores já o estudaram e viram que não houve sucesso, mas um tratamento que funciona muito bem mas ainda não foi estudado por um grande número de pesquisadores também terá um baixo nível de evidência científica.
Epilepsia e dor crônica por exemplo, são duas situações onde existem muitos estudos científicos em humanos, com resultados positivos e concordantes com o uso de CBD e THC. Podem ser consideradas indicações de evidência científica média-alta.
Condições como autismo, Parkinson, Alzheimer e ansiedade generalizada possuem muito estudos com animais, e uma quantidade razoável de estudos em humanos. Porém são estudos tecnicamente difíceis de se conduzir, e os resultados embora apresentem uma tendência a serem positivos na maioria das vezes, variam entre si – Assim sendo, podemos considerar a evidência científica como sendo média (moderada) nesses casos.
Nos casos de doenças que não respondem aos tratamentos habituais o uso até mesmo de medidas de baixa evidência científica são aceitáveis, DESDE QUE:
- Sejam indicadas com um mínimo de embasamento médico-científico
- O médico esclareça o paciente do nível de evidência, deixando claro os possíveis riscos e benefícios para o paciente
- Dê uma perspectiva REAL do que esperar como resposta ao tratamento, sem promessas falsas ou resultados milagrosos